Trata da teoria antropológica clássica, suas distintas linhas e escolas (evolucionismo, funcionalismo, estruturalismo, culturalismo). Apresenta e debate os estudos antropológicos desenvolvidos no século XX, demarcando o desenvolvimento do campo epistemológico da disciplina.

Os fundamentos da teoria antropológica contemporânea, suas linhas e escolas (perspectivismo, teoria do ator-rede) e os problemas de investigação que marcaram o desenvolvimento do campo. Toma como objeto de reflexão temas diversos que vão desde a etnologia até estudos sobre ciência e tecnologia, bem como debates relacionados ao urbano e ao digital no século XXI.

Oferece um panorama aprofundado do debate sobre raça no Brasil e no exterior, com foco na América Latina e sua conexão com questões relacionadas à nação, identidade nacional e epistemicídio. Explora tanto autores clássicos que debateram o tema das relações raciais no contexto brasileiro quanto os desdobramentos de tais elaborações no plano político e sociocultural contemporâneo. 

Temas e problemas colocados pelo feminismo e pelos estudos de gênero e sexualidade. Articulação com o corpo e com a maneira como os corpos são vistos de forma diferente e desigual na sociedade. Problematização das lutas feministas e dos desafios decorrentes de aspectos relativos a gênero e suas articulações com outros marcadores sociais da diferença como sexualidade, raça, classe e outros.

Elaboração de projetos e planos de pesquisa antropológicos. Métodos de investigação em pesquisa qualitativa, cuja produção de dados primários é feita por meio de observação participante, coletas de narrativas, entrevistas e etnografia. Técnicas aplicadas tanto para a composição do referencial teórico dos pesquisadores quanto das justificativas da investigação propostas no planejamento das atividades de pesquisa.

Trata dos debates e práticas contemporâneas de pesquisa em contexto de isolamento social e/ou presencial. A disciplina trata dos desafios da pesquisa antropológica e etnográfica no século XXI com a utilização de métodos mistos e pesquisa no e do digital, pesquisas em redes sociais, a interface com métodos de pesquisa quantitativos e pesquisas com inteligência artificial, softwares e ferramentas de coleta, análise e visualização de dados. 

Propõe o mapeamento das teorias antropológicas clássicas sobre o poder e o político em sociedades sem Estado, passando pelas pesquisas sobre o Estado, até temas contemporâneos sobre nacionalismos, regimes autoritários, neofascismos, extrema direita. Discute a conformação do campo de estudos sobre política na teoria antropológica por meio de discussões sobre seus desdobramentos contemporâneos, problematiza importantes questões relacionadas a diversos arranjos institucionais e práticas políticas.

Recupera a tradição dos estudos antropológicos sobre religião, apontando para as transformações que ocorreram nos planos teórico e empírico. Discute o amplo espectro de concepções, práticas, tradições e reconhecimentos no campo religioso nos debates sobre identidades religiosas, tolerância, relação entre religião e política, laicidade do Estado e trânsito religioso.

Sistematiza estudos sobre capitalismo, seja a partir das chamadas sociedades complexas, seja das sociedades tradicionais. Propõe o tratamento de questões relacionadas a direitos, territórios, consumo e desigualdades. Temas contemporâneos que atravessam a disciplina como mudanças climáticas, emergências climáticas, desastres ambientais, antropoceno, capitaloceno, plantationoceno e ecologia política, processos migratórios, conflitos e deslocamentos transnacionais de refugiados.

A disciplina se destina a apresentar discussões relevantes para os debates desenvolvidos atualmente pela Antropologia. Constitui o espaço de articulação das questões sociais e políticas dos dias de hoje como novas tecnologias da informação e comunicação, internet, mídias digitais e temas decorrentes da interação entre humanos e máquinas.

Panorama das reflexões sobre racionalidade científica em contraposição a pensamentos não-científicos: o mágico, o religioso, o artístico, o filosófico. Papel da ciência na constituição da ideia de modernidade e a crise de suas dicotomias constitutivas: natureza/cultura, homem/máquina, corpo/mente. Contribuições da antropologia contemporânea para os estudos da ciência, saúde e medicina, em especial no Brasil e na América Latina.

Práticas de pesquisa e extensão sobre o meio social. Análise dos problemas sociais vigentes e suas dimensões políticas. Supervisão do desenvolvimento de propostas de pesquisa e extensão, voltadas para as áreas acadêmicas, projetos de mestrado e doutorado, projetos de intervenção, políticas públicas, iniciativas do terceiro setor e projetos para empresas.